quinta-feira, 30 de abril de 2015

O dia em que passei a gostar de Carlos González


Não era particular fã de Carlos González, em parte, pela popularidade que ganhou, e por fazerem das palavras dele citações bíblicas. Senti que era uma moda, e eu cá sou pouco de modas. Ora, quando via artigos que tinham o nome dele no título, passava à frente, já estava a enjoar, já não podia ouvir falar do senhor.

Ontem, tudo mudou, e tem agora aqui uma fiel fã (bate na boca, filhinha, bate). Num dos grupos de Facebook onde ando, uma leitora atenta do blog (vou acreditar) partilhou um magnífico vídeo deste senhor a falar sobre a alimentação de bebés e crianças e escreveu-me as seguintes palavras "Vi este video sobre alimentação. Acho que vai gostar." Como é possível pessoas "estranhas" me conhecerem tão bem?

Quando vi o nome do senhor, pensei "oh não, mas há tema que o senhor não goste de falar?" Dei o benefício da dúvida, e como é um tema que me é muito querido, resolvi tirar um pedaço do meu tempo para ver. 

Descobri um profissional extremamente inteligente, com um sentido de humor excepcional, e rendi-me. 

Recomendo-vos vivamente a verem o vídeo no integral, tem legendas em português (do Brasil) e tudo, mas deixo-vos as passagens com que mais me identifiquei, e com as quais partilho inteiramente a opinião do senhor.


Preferimos comer comida normal, escolher a nossa comida, comer a quantidade que temos vontade, embora isso signifique que algumas pessoas errem. (...) Queremos o privilégio e escolher a nossa alimentação, ainda que ela não seja perfeita, e queremos que os nossos filhos tenham esse mesmo privilégio. (...) Que sejam livres para decidir a sua alimentação. E esse é o objectivo da alimentação complementar dos bebés.

(...)

A criança que leva à boca sozinha um único fio, um macarrão, um único pedaço de pão, um único pedaço de frango, está avançando no caminho em direcção a comer de forma normal. (...) Está avançando, está aprendendo coisas importantes! Está aprendendo a agarrar a comida com a mão, a levá-la à boca, a distinguir os sabores e as texturas dos alimentos. Está aprendendo a tomar decisões, "isto gosto, isto não gosto". (...) Ele não tem que gostar de tudo igualmente. (...) Está aprendendo que comer é algo agradável.

Por outro lado, a criança na qual enfiam 250gr de puré de legumes, tudo triturado... às vezes há crianças às quais dão legumes no biberão, quase repugnante! Dão a elas 250gr de puré de legumes, à base de distraí-las, de tapar narizes para que abram as bocas e enfiar, e enganá-las, e a criança protestando e chorando, e os pais insistindo, "esse menino não aprende nada!" Ele não aprendeu a agarrar a comida, não aprendeu a metê-la na boca, não aprendeu a mastigar, não aprendeu a deglutir, é tudo líquido. Não aprendeu a distinguir os sabores e texturas dos alimentos, porque tudo tem a mesma textura, está tudo batido, e tudo tem o mesmo sabor, porque está tudo misturado. Não aprendeu a tomar decisões, vão enfiar da mesma maneira, se ele quiser ou não. Essa papinha foi inútil, a criança comeu tudo e não aprendeu nada.

(...)

A criança que leva meses comendo purés na base da obrigação e de ser distraída não está mais perto de comer um prato de macarrões. Está ainda mais longe. Temos que tirar o puré, desacostumá-la ao puré, que tanto nos custou a acostumá-la, e ela ainda tem que comer o seu primeiro macarrão.

(...)

Comer de forma normal consta de duas partes: uma, é comer comida normal, e depois, comê-la de forma normal. A forma normal é sem triturar, com a sua própria mão, ou com o seu próprio garfo, ou a sua própria colher, mastigando levemente e comendo o que quiser, quando quiser, não comendo o que obrigam a comer.

(...)

E a comida que eu como normalmente, será saudável para o meu filho? Pois vá averiguar. O importante para a futura saúde  da criança, não é o que ela vai comer aos 6 meses, ou o que vai comer entre os 6 e os 12 meses. O importante é o que ela vai comer durante os próximos 30 anos, que será provavelmente o que ela comerá a vida toda. 

Por exemplo, quando costumamos dizer que não se deve pôr sal na comida dos bebés, que não se deve dar açúcar (...), não é porque nessa idade eles fazem mal. É porque nós gostaríamos que as crianças se acostumassem a ter uma alimentação mais saudável que os seus pais. Mas não estamos a conseguir, é um fracasso total. Porque a mesma criança que aos 8 ou 9 meses tem uma dieta perfeita, uma dieta que seria aprovada por qualquer supervisão, o seu legume fervido, o frango na chapa, e nada de sal, e nada de açúcar, tudo maravilhoso... essa mesma criança aos 2 anos come batatas fritas de pacote, come rebuçados e doces, e bebe coca-cola. Para isso, não precisava começar tão bem. Se aos 2 anos você começa a dar ao seu filho batatas fritas de pacote e coca-cola, você já pode começar aos 6 meses, que diferença faz? 
O que vai determinar a pressão arterial dessa criança, quando ela tiver 30 anos, não é o que ela tomou aos 6 meses, mas sim quanto sal ela tomou por 30 anos, quanto açúcar ela comeu por 30 anos, quanta gordura saturada ela comeu por 30 anos. Então, o que se deve fazer não é os pais comerem qualquer porcaria e darem ao filho a dieta saudável. Porque esta criança no ano que vem, ou em 2 anos no máximo, vai comer o mesmo que seu pais. O importante é que os pais tomem a decisão consciente de fazer uma dieta saudável. (...) E o que nós, profissionais de saúde, deveríamos fazer, não é explicar a uma mãe como preparar uma papinha de bebé perfeita, mas sim explicar às mães como preparar uma dieta saudável para a família toda.

(...)


Muitas famílias se preocupam, se a criança vai engasgar com a comida. Se ela come a comida com pedaços, é claro que ela vai engasgar. É absolutamente impossível que uma criança a comer sólidos e não se engasgue nunca. Da mesma forma, é impossível que elas comecem a caminhar e nunca caiam no chão. (...) Se não deixarmos que ela prove sólidos com 8 meses, com 6 meses, com medo de que se engasgue e não lhe oferecemos até os 2 ou 3 anos, o que vai acontecer é que ela vai engasgar com 2 ou 3 anos.

(...)

As crianças passam, ao longo do seu desenvolvimento por períodos chamados "janelas de oportunidade", no quais aprendem determinadas coisas, em que desejam aprender determinadas coisas. Chega um momento em que tudo o que a criança deseja é gatinhar, chega um momento em que tudo o que ela deseja é ficar em pé, chega um momento em que tudo o que ela deseja é andar, falar ou comer. (...) Quando deixamos a criança fazer as coisas no momento em que ela sente esse desejo, ela se esforça, repete algumas vezes e logo aprende a fazê-las bem. Mas é muito fácil cair na tentação de não deixar. Se você deixa o seu filho comer com a própria mão, ele come pouquinho, come devagar, se suja e as coisas caem no chão. (...) É muito fácil cair na tentação de você fazer tudo. (...) Mas ele não aprendeu nada. É importante deixar ele fazer as coisas na hora em que sente esse desejo.

(...)

Jamais, jamais deve obrigar uma criança a comer, por nada desse mundo, sob nenhuma justificativa, em nenhuma circunstância, por nenhum método.

(...)

Não se deve obrigá-las [as crianças] de boas maneiras.

(...)

Jamais se deve usar a comida como prémio ou castigo.

[edit]: Entretanto o vídeo foi retirado da internet. 


quarta-feira, 29 de abril de 2015

Conservar ervas frescas



Quem se lembra daquelas duas bolinhas de salsa que usei no meatless dinner desta semana? Hoje, conto tudo! Como a L. diz: "a história começa assim..."



Era uma vez, uma linda menina que tem um fado desgraçado com plantas. Qualquer tipo de plantas, incluíndo cactos, tudo lhe morria. Acontece que essa linda menina, é uma apaixonada da cozinha e adoooooora ervas aromáticas. Ervas frescas, então, nem se fala. Mas, devido ao seu fado, não conseguia aguentar um vaso de uma planta ou erva em casa, mais que duas semanas. 

Infeliz, a menina, comprava ervas frescas todas as semanas, mas estas acabavam por murchar e perder o aroma natural. Comprar ervas todos os dias, ou dia-sim-dia-não, estava fora de questão, o tempo não abundava assim tanto. 

Certo dia, enquanto a linda menina se passeava pelas redes sociais, deparou-se com aquela que seria a solução de todos os problemas, no que toca a ervas frescas. Feliz, experimentou, e desde então nunca mais teve que se preocupar em ter ervas sempre frescas em casa


Fim


Que tal? É que foi tal e qual isto! E é super, super simples. 

Um ramo de ervas frescas. 
Picar muito bem picadinho. 
Colocar em cuvetes de gelo. 
Encher com azeite. 
Congelar.








Depois, é só desenformar as bolinhas de salsa e azeite, colocar nos cozinhados, ou deixar descongelar para temperar uma salada.


Simples, não é? 

3 meses Na Cadeira da Papa


Faz hoje 3 meses que criei o blog. Um blog que servia apenas para partilhar meia dúzia de receitas com umas amigas, e que tomou uma dimensão que nunca imaginei. 

Quando criei este blog, nunca imaginei que teria uma lista de receitas a experimentar, folhas com ideias, com links de pesquisa, um sistema organizado de escrita e publicação. Nunca imaginei que depois do meu dia de trabalho, ainda dedicaria umas horas ao blog. E porquê? Porque os leitores merecem. Por todo o carinho que recebo diariamente, todas as dúvidas que me colocam e eu quero saber responder a todas. Por toda a dedicação que sinto desse lado, sinto que tenho de retribuir.

Posto isto, 4445 seguidores no Facebook, 77.833 (77.834...77.835...) visitas, mais de 1500 visitas diárias e 3 meses depois, espero do fundo do coração, continuar a altura do desafio!




terça-feira, 28 de abril de 2015

Iogurtes líquidos naturais - a aprovação da mai'velha


A L. chegou da escola, perguntei se queria provar um iogurte novo, fez um ar estranho, disse que sim com muito cepticismo...



... e foi aprovadíssimo, sem nada a declarar! 

Iogurtes líquidos naturais


Cá em casa somos iogurte-ólicos, TODOS! E por parte das meninas (eu incluída) preferimos os iogurtes naturais, simples, ou com uma saborosa granola e fruta.

Tinha uma grande tristeza dentro de mim, que era de não encontrar iogurtes líquidos naturais, sem serem açucarados! De certeza que existe, e já sei que me vão encher o espaço de comentários com marcas e supermercados, que agradeço do fundo do coração. Mas a minha preguicite de ir aos supermercados é grande, e nas minhas buscas online, nunca encontrei nada que me agradasse. Posto isto, tive que arranjar forma de fazer! 

Desde que tenho a minha liquidificadora-que-aquece-bate-e-pica, que faço iogurtes em casa. E porquê? Porque a minha maravilhosa liquidificadora-que-aquece-bate-e-pica também faz de iogurteira. Ter iogurteira em casa nunca me convenceu muito, por isso nunca comprei nenhuma. Mas quando chegou o meu robot de cozinha, e vi que dava para fazer iogurtes lá automaticamente, resolvi experimentar, e desde então só comemos iogurtes feitos em casa.

Excepto os líquidos! E tanto jeito que dão os iogurtes líquidos para comer fora de casa... Até agora nunca tinha feito, em grande parte, porque não tinha onde os pôr. Certo que há garrafinhas de nectares e refrigerantes bem castiças para este efeito, mas cá em casa não consumimos disso, e estava difícil de arranjar alguma coisa apropriada. Até que um dia, fui a uma loja Tiger e deparei-me com estas belas garrafas, de tamanho apropriado e um preço que nem vos falo. Trouxe 6 para morarem cá em casa e fazer iogurtes líquidos (finalmente).



Usei uma receita hiper básica: 1 litro de leite e 1 iogurte sólido natural, pus no robot de cozinha, escolhi o programa de iogurtes, ao final de 8h dei uma mexidela com o robot e distribuí pelas garrafas e frigorífico.

Hoje foi dia de experimentar, e estou no céu! Finalmente, iogurtes líquidos naturais. 


A L., que é a grande crítica de iogurtes cá de casa, não está para os provar. Por isso partilhei a minha garrafa com a pequena Matt Preston e tive direito a guinchos de frustração quando a garrafa acabou! Estou ansiosa que a L. os prove também.




Para quem não tem iogurteira, nem robot de cozinha que lhe valha, arranjei uns posts bem giros para se fazer iogurtes de maneira mais "artesanal". Têm esta ou esta.

Para terem uma ideia como se poupa a fazer iogurtes em casa, vão aqui umas contas por alto com os produtos que usei. 

Um litro de leite meio-gordo normal ronda os 0,55€, mais um iogurte natural sólido a 0,30€ (a unidade). Contas feitas, cada iogurte de 170ml (aproximadamente) fica à volta de 0,15€, mais cêntimo, menos cêntimo, se somarmos a electricidade gasta. Quanto não vale?


segunda-feira, 27 de abril de 2015

O nosso meatless dinner #13 - o primeiro verdadeiramente a 3


Já há muito tempo que andava a "namorar" uma receita de risotto de quinoa, mas deixei sempre escapar as oportunidades. Hoje foi o dia. 

Perdi a receita original, que me tinha deixado de água na boca, mas encontrei uma outra que me encantou pela sua simplicidade: abóbora assada, quinoa cozida e já está. Certo, tenho de dar o meu toque. Tenho sempre que dar o meu toque. 

Não sou grande fã do "exclusivamente" quinoa. Já tentei comer várias vezes sozinha, mas não me fascina. Acho o sabor característico muito intenso, prefiro misturar com outros cereais (ou derivados) e sinto que o prato fica mais rico e de sabor mais suave. Por isso, para este risotto, usei arroz de risotto (arborio ou carnaroli) misturado com a quinoa. Contudo, é possível fazer esta receita só com quinoa (ou só com o arroz de risotto), vai depender do gosto pessoal, mas estou aqui à espera de ver essas experiências e resultados.

A abóbora assada agradou-me, já que era cozinhada de uma forma babyfriendly, para a T. Fui um pouco mais criativa na abóbora assada que a receita original e assei juntamente cebola e alho, para mais sabor. Mas ainda se pode ser mais criativo, e juntar canela como indica a receita original (que eu não gosto) ou também, caril, que combina igualmente bem com a abóbora (que eu também não gosto).

Risotto com quinoa e abóbora [desde os 12 meses]
(para 4-5 porções)

Para a abóbora assada:
1 cebola 
3 dentes de alho
3 chávenas de abóbora manteiga aos cubos (aproximadamente 400gr)
azeite
salsa
sal

Para o risotto:
fio de azeite
1/2 chávena de arroz de risotto (arborio ou carnaroli)
1/2 chávena de quinoa (convém demolhar umas horas antes)
2 chávenas de caldo de vegetais (pode-se usar as indicações desta receita ou outro a gosto)
sal
queijo parmesão (opcional)

Pré-aquecer o forno 160º. Num tabuleiro de ir ao forno, dispor a cebola cortada em meias-luas, o alho, a abóbora, temperar de sal, polvilhar com a salsa e regar com um fio de azeite.





Estou a preparar um post sobre esta forma de conservar ervas frescas.


Colocar o tabuleiro no forno e deixar assar até a abóbora estar macia (mais ou menos 40 a 50 minutos, dá para dar banho à pequenada).

Entretanto, levantar fervura ao caldo, e numa frigideira selar o arroz no azeite, por 1 ou 2 minutos. Começar a colocar conchas de caldo na frigideira e mexer pacientemente. Marcar num relógio/cronómetro 20 minutos (tempo de cozedura do arroz). 


Passados 5 minutos, juntar a quinoa, e continuar a adicionar conchas de caldo e mexer. Nunca deixar o arroz ficar totalmente seco, nem juntar demasiado caldo. Uma concha de cada vez, é o ideal.



Quando a abóbora estiver assada, deitar num copo, e triturar com a varinha, até obter um puré cremoso (precisei de juntar um pouco de água).


No final da cozedura do arroz, envolver o puré de abóbora e está pronto a servir.


Polvilhei o meu risotto com queijo e servi os das meninas simples. A L. acabou por me pedir queijo também. E quem diria, adorou!!




Arrisco-me a dizer que foi das poucas vezes que rapou o prato sozinha e nem pediu ajuda! Isso quererá dizer qualquer coisa, certo?

A T., que nunca quer comer nada depois da sua sopa, hoje "cheirou-lhe" e dava gritos estridentes por algo mais que a sopa. 




Com colher...


...sem colher...



... mais uma que rapou o prato!

É realmente delicioso, aprovado por todos da família (falta só o pai)!

Ajuda na descodificação de mensagem deixada pela T.



Preciso de ajuda. 

Como sabem no sábado de manhã fiz queques de maçã, e à tarde lanchámos os belos dos queques. A T. fez o seu ritual habitual, e no final deixou-me uma mensagem intrigante.






O que quer dizer meio queque comido com uma meia ao lado?


Aceito sugestões e ideias de interpretação desta mensagem.

Ela não acabou o queque. Já a mãe comeu mais que devia... simplesmente deliciosos, tive que os comer todos, para desaparecerem da vistinha! Oh... wait...

sábado, 25 de abril de 2015

Queques de maçã [desde os 12 meses] - contém frutos secos


Estas manhãs cinzentas apelam a tempo passado na cozinha, a preparar queques e bolinhos que nos confortem. 

Há uns dias vi esta receita no My Lovely Little Lunch Box e fiquei um pulgas para a fazer, com as minhas adaptações do costume, claro. O que mais gostei foi do uso das amêndoas. A T. já tem 1 ano e apesar de não ter pressa de introduzir alimentos às miúdas, em relação aos frutos secos, reconheço imensos benefícios, e é hábito cá em casa comê-los livremente, em granolas, misturados em iogurte, ou em bolos e queques. Por isso, estes tinha "pressa" em testar. 

Dar um fruto seco a um bebé da idade da T., que ainda não tem molares para esmagar bem, pode comportar um risco de aspiração do fruto e sufocar o bebé. Por isso, muito cuidado. A meu ver, dar o fruto moído em bolachas, queques, ou granola, é mais apropriado nesta fase.

Portanto, a indicação da idade, é porque nós não tivemos restrição de alimentos a partir dos 12 meses, mas claro, sempre com uma boa dose de bom senso. Mas há vários profissionais de saúde, que recomendam a introdução destes alimentos potencialmente alergénicos mais à frente, por isso, na minha opinião, devem sempre seguir essa instrução.

Se não quiserem usar a amêndoa, ou tornar estes queques apropriados a bebés mais novos, basta colocar a mesma quantidade de amêndoa por farinha, ou farinha integral, ou flocos de aveia triturados.

Queques de maçã [desde os 12 meses]
(para 10-12 queques)



80gr de miolo de amêndoa
100gr de farinha integral (pode-se usar farinha normal)
1 colher de chá de fermento 
50gr de óleo vegetal (ou azeite)
250gr de applesauce
1 iogurte natural
1 maçã (1/4 partido em meias-luas, restante partido aos cubos)


Sem robot de cozinha

Pré-aquecer o forno a 180º e preparar formas de queques. Triturar a amêndoa numa picadora ou processador de cozinha. Numa taça juntar os ingredientes secos: amêndoa, farinha e fermento. Envolver bem e juntar o óleo, o applesauce e o iogurte. Misturar até a massa ficar homogénea e juntar a maçã aos cubos e envolver. Distribuir a massa pelas formas e terminar com uma (ou meia, dependendo do tamanho) meia-lua de maçã no topo. Levar ao forno por 30 minutos. 


Com robot de cozinha

Pré-aquecer o forno a 180º e preparar formas de queques. Pulverizar a amêndoa 10seg/vel.9. Juntar os ingredientes a farinha e fermento e programar 10seg/vel.4. Juntar o óleo, o applesauce e o iogurte e programar 20seg/vel.6. Juntar a maçã aos cubos e envolver com a espátula. Distribuir a massa pelas formas e terminar com uma (ou meia, dependendo do tamanho) meia-lua de maçã no topo. Levar ao forno por 30 minutos. 






Tive a ajuda da minha pequena assistente (que lambeu meia taça de massa).



Já temos lanche para logo! 

Eu já tive lanche agora, e a dobrar, não fosse o primeiro queque não ter sido suficiente para provar...

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Dos grandes e redondos falhanços #02


Não um, mas dois grandes e redondos falhanços. 

Ando em tentativas de arranjar uma receita de papas, que se façam "sozinhas". Basicamente, que cozinhem em água a ferver, sem precisar de ir ao fogo. Não está fácil!

Pensei em cozinhar millet assim, mas não funcionou. Aliás, eu e o millet temos uma relação complicada (já foram para o lixo toneladas de millet). Não consigo cozinhar de forma a gostar, sabe-me sempre a cru. Toda a gente me diz que cozinha como o couscouz, mas a verdade é que a mim não me sai bem. Foi o que fiz nesta tentativa, coloquei o millet e 3 medidas de água a ferver, tapei muito bem e deixei repousar 30 minutos. Resultado? Tive que fazer outra coisa para o lanche que estava incomestível (se isso existir).



Recorri ao bulgur! Não tinha como falhar, sai-me sempre bem. Pois desta vez, também conseguiu sair mal. Ficou um bocado encruado, mas os gritos esfomeados da T. ecoavam nos meus ouvidos, e resolvi que iria assim mesmo. Juntei um pouco de leite, meia banana, e vamos a isto.



Não sei se a T. gostou mesmo, ou se era a voz da fome que falava mais alto, mas comeu quase tudo (depois veio a voz do sono). Para mim, esta papa ficaria perfeita, se o bulgur tivesse ficado mais mole e empapado. 

Portanto, duas hipóteses riscadas da saga "papas instantâneas caseiras: procuram-se". Mas ainda tenho mais cartas na manga, e hei-de encontrar uma solução para as nossas leitoras que procuram alternativas de lanche fora de casa.