quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Na Cadeira da Papa quer #02 - tenho o meu desidratador!

Imagem daqui

Oh sim, já sonhava com um bichinho destes há algum tempo. O desejo foi crescendo consoante a dificuldade em arranjar alguns ingredientes, ou mesmo ver o preço exorbitante de outros, só por serem desidratados. 

Consegui o meu desidratador hoje, numa das promoções semanais do Lidl. Ao que parece, um pouco por todo o país, a meio do dia já tinham todos desaparecido. 

E perguntam-me vocês: mas para que isto serve? Serve para desidratar fruta e legumes, fazendo snacks maravilhosos e saudáveis, ou mesmo para conservar alguns alimentos. Deixo-vos algumas dicas do que fazer com uma máquina destas (basicamente aquilo que eu espero vir a fazer). 


Fruta desidratada

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Quem não conhece aqueles pacotinhos de fruta desidratada? Delícia! E se vos disser que cada pacote tem uma maçã, uma maçã e meia vá, e custa tanto, ou mais, que 1kg de maçãs? Não seria tão mais económico poder fazer em casa? Se forem fãs deste snack, um desidratador será um ótimo investimento.


Açúcar de tâmaras


O famoso açúcar de tâmaras da Patrícia is cooking: tâmaras desidratadas e pulverizadas em pó. Um ótimo substituto de açúcar refinado em toda a doçaria.


Tomate desidratado

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Os meus pais têm tomates biológicos e por esta altura do ano têm centenas! Grande parte congelam, a outra parte vão consumindo (sim, comemos salada de tomate quase todos os dias). Eu cá adoro tomates secos em azeite, para utilizar nos mais variados cozinhados, já ando a cobiçar uma parte da centena de tomates que têm ali guardados.


Cogumelos desidratados

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A primeira vez que ouvi falar em cogumelo desidratados foi num programa do Jamie Oliver, utilizou para aromatizar um cuscuz. Segundo ele, os cogumelos desidratados concentram todo o sabor do cogumelo, sendo um ótimo condimento para cereais cozidos ou molhos. Quando fui em busca desta iguaria, deparei-me com um valor por algumas gramas (mesmo muito poucas) que me daria para comprar 1kg de cogumelos! Só pensava como conseguiria fazer eu própria aquilo em casa. 


Chips de curgete


Nunca experimentei, mas já ouvi dizerem que bem temperadas e são uma ótima alternativa às batatas fritas de pacote. Mais uma ideia para experimentar.

Estou ansiosa para por o meu desidratador em acção e mostrar-vos todas as coisas maravilhosas que de lá saírem.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Papa de cereais e banana [desde os 6 meses]


Há dias comprei flocos de arroz e resolvi experimenta-los numa papa para a T. (a L. está difícil de converter, mas já tenho umas ideias para a convencer). 

Desta vez não juntei a fruta à cozedura dos cereais, pois a T. gosta muito da sua banana à dentada. Grande erro, a papa não ficou com um sabor tão agradável, como se tivesse sido cozida com fruta. Numa próxima vez, substituo um dos cereais por sêmola de milho, para ficar mais gostoso, ou utilizo uma fruta para cozer juntamente com os flocos. Aparentemente os flocos de arroz não são tão "docinhos" como o arroz no integral.

Papa de cereais e banana [desde os 6 meses]
(para uma porção de mais ou menos 250ml)



10gr (1 colher de sopa) de flocos de arroz (demolhados)
10gr (1 colher de sopa) de flocos de trigo (demolhados)
10gr (1 colher de sopa) de flocos de aveia (demolhados)
120ml de água
1 banana

Sem robot de cozinha

Num tacho juntar os flocos de arroz, trigo e aveia, e a água. Deixar levantar fervura, e baixar para lume brando, deixando cozer por 10 minutos com o tacho tapado. No final da cozedura, juntar a banana aos pedaços. Para bebés ainda muito pequeninos triturar com a varinha-mágica, para bebés mais crescidos é só servir.

Com robot de cozinha

No copo, colocar os flocos de arroz, trigo e aveia, e a água. Programar 12min./100º/vel.colherNo final da cozedura, juntar a banana aos pedaços. Para bebés ainda muito pequeninos triturar 30seg./vel.3,5,7, para bebés mais crescidos é só servir.


Pode-se utilizar leite materno ou leite de fórmula do bebé na confecção da papa. Neste caso deve-se reduzir um pouco na água (para 60-80ml), para ficar uma papa grossa, e ajustar a textura com a quantidade de leite que desejar.



Hora de servir à especialista gourmet.



Não é que tenha desgostado da papa, mas preferiu claramente a banana. 



Comeu quase toda. Não a condeno, porque provei e não é a minha papa de eleição (eu que me lambo com todas as papas que lhe faço). Se quiserem fazer esta papa, optem por juntar a sêmola de milho, ou usar o arroz no integral. Os flocos de trigo têm um sabor um pouco amargo e por isso há que equilibrar com sabores mais adocicados. 

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Concordamos todos, não concordamos?

"À medida que o meu filho começava a vida e eu começava este livro, parecia que tudo o que ele fazia girava em torno da comida. Estava a mamar, ou a dormir depois de mamar, ou a ficar rabugento antes de mamar, ou a livrar-se do leite que mamara. Ao acabar este livro, ele consegue desenvolver conversas bastante sofisticadas e, cada vez mais, a comida que ele ingere é digerida a par das histórias que lhe contamos. Alimentar o meu filho não é o mesmo que alimentar-me a mim: é mais importante. É importante porque a comida é importante (a sua saúde física é importante, o prazer de comer é importante) e porque as histórias que são servidas com a comida são importantes."


Jonathan Safran Foer em "Comer Animais"




Ando a ler este livro (já faz umas boas semanas) e esta passagem ficou bem vincada e foi o que me identificou com o autor. Se não forem os nossos filhos a colocarem em questão (mesmo que ainda não falem) todas as nossas convicções, mesmo aquelas que temos em relação à alimentação, o quem fará?

(já agora, recomendo a leitura)

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Gelado de abacate e cacau [desde os 12 meses, com ressalva]


São os gelados de "chocolate" mais cremosos, deliciosos e saudáveis do mundo! Garantido. Mas antes que tudo isto, a ressalva do título. Na minha opinião, os ingredientes deste gelado podem ser consumidos a partir dos 12 meses, mas, como se assemelha em muito ao chocolate, apesar de se usar cacau puro e não saber bem a chocolate tradicional, os 12 meses podem ser precoces para apresentar uma iguaria destas a uma criança. Portanto, deixo ao vosso critério. Aqui por casa a T. provou (antes de congelar) e ela está quase nos 17 meses. Agora o mais importante: a receita.

Ontem quando fui ao supermercado dei de caras com uma cesta de abacates. Grande parte deles possuía um autocolante a dizer "fruta no ponto". Peguei neles e efectivamente estavam no ponto, nem mais um dia, nem menos um dia. Tinha que os trazer e fazer alguma coisa com eles! Lembrei-me de imediato de um vídeo que tinha visto da Katie Quinn. Quem é a Katie Quinn? É uma cozinheira que faz uns vídeos super engraçados, com ideias e receitas muito originais. Adoro os vídeos dela e sigo a página dela no facebookDe volta à receita, lembrei-me deste divertido vídeo da Katie Quinn de uns gelados de abacate e cacau, que prometem ser de bradar aos céus (são!!). A Katie roubou a receita à Beth do Tastie Yummies, um blog com receitas geniais!

Eu peguei nas duas, nas recomendações das duas e fiz a minha própria versão de gelado, cremoso e delicioso de abacate e cacau.

Gelado de abacate e cacau (desde os 12 meses)
[para 6-8 porções, dependente do tamanho das formas]



2 abacates "no ponto"
1/2 chávena (45gr) de cacau puro 
5 colheres de sopa (125gr) de geleia de arroz (ou geleia de milho, ou pasta de tâmaras, ou outro doce a gosto)
1 chávena (260gr) de leite vegetal (usei de aveia, mas podem usar de côco, soja, arroz)
1 pitada de sal (opcional, ou de preferência flor de sal, ou sal marinho integral)


Com Robot de Cozinha

Descascar os abacates, colocar a polpa juntamente com os restantes ingredientes no copo do robot e triturar 20seg./vel7. Distribuir o creme por formas de gelado e levar ao congelador por pelo menos 12h.


Sem Robot de Cozinha

Descascar os abacates, colocar a polpa juntamente com os restantes ingredientes num copo de liquidificadora, ou num copo em que se possa usar a varinha-mágica. Triturar por alguns segundos até ficar com uma mistura sedosa. Distribuir o creme por formas de gelado e levar ao congelador por pelo menos 12h.



Alguns apontamentos a ter em consideração. O ponto do abacate é importante, pois altera substancialmente o sabor do creme. Se não gostarem mesmo nada de abacate, não recomendo esta receita, pois mesmo com a mistura de ingredientes, sabe ligeiramente a abacate. Cá em casa não é um problema, porque toda a gente gosta. 

A quantidade de "doce" vai depender do tipo de doce e ingredientes que usarem. Podem combinar vários tipo de doce, por exemplo, parte de pasta de tâmaras, outra parte de geleia de arroz, ou geleia de agave, por exemplo. A geleia de milho é mais doce que a geleia de arroz, e por isso será precisa menor quantidade. Também, o tipo de leite fará diferença. Um leite de côco pode ser mais doce, que um leite de aveia ou arroz, e por isso a mistura precisa de menos "adoçante". O melhor será sempre começar com umas 3 colheres de doce e ir provando e acrescentando a gosto. 

Por fim, o creme fica tipo mousse e pode-se comer na hora, ou ligeiramente refrigerado no frigorífico. É delicioso e super cremoso e leve. Também podem acrescentar o que quiserem: raspas de côco, por exemplo, ou café, ou licores a gosto dos adultos (aqui, a receita passa para maiores de 18 anos!)



Para quem quiser forminhas assim, estas são do IKEA (acho que há em azul também). 

Dei a provar a mousse à T. que apesar de reticente no início, ficou a chorar por mais no final, literalmente!



A L. provou com os gelados já congelados e adorou à primeira lambidela. Ainda levei com um "são os melhores gelados do mundo!!" (coração de mãe enche com facilidade).






Eu comi um... e tenho de ir comprar um cadeado (ou aloquete, como se diz aqui na invicta), para trancar o congelador. São simplesmente deliciosos!

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Sei que me vão ajudar, não é?

imagem daqui

Sei que os blogs servem para dar dicas e sugestões, e responder aquelas dúvidas mais recônditas do subconsciente humano... mas pô, aqui há uma humana também, que tem dúvidas do arco da velha. Por isso, vamos lá a ajudar-me, sim?

Começando pelo princípio do início. A L. anda na escola, a T. vai começar em Setembro (calafrio...). A L. sempre lanchou na escola, para ser mais fácil para nós. Mas agora com as duas na escola, acho que vale a pena investir um pouco mais do meu tempo e preparar os seus lanches (a escola delas permite levar, ou comer de lá). 

Ah não, ideias não preciso, que já tenho umas quantas (é só ir ali acima ao menu de receitas). Preciso de sugestões de... lancheiras! Pois. Podia comprar uma qualquer lancheira num supermercado, mas eu sei que os meus leitores têm sempre ótimas experiências e dicas para partilhar. E é isto, quero absorver todo o vosso conhecimento sobre lancheiras! Experiências boas, más, o que não nos lembramos à priori e só ao final do 3º dia de lanche nos ocorre, tudo isso. 

O que posso dizer especificamente sobre as lancheiras da L. e da T. é que não guardarão o lanche o dia todo. Por norma, a escola guarda cada parte do lanche nos sítios respectivos (frigorífico ou lugar seco). No entanto, preciso do saco, para que levem e tragam os recipientes que precisarem, devidamente acondicionados. Também estou interessada em experiências com aquelas caixinhas tipo bento-box ou as marmitas, para diferentes tipos de lanche. 

Vá lá, ajudem-me! Por mensagem, comentário, mail, sou toda ouvidos :)