terça-feira, 30 de junho de 2015

O nosso meatless dinner #22


Foi hoje, foi hoje que fiz um One-Pot Pasta! Já não me lembro quando vi esta ideia pela primeira vez, mas lembro-me que não me fascinou nem um bocadinho. Nada me fazia acreditar que uma panela de água com tudo lá dentro enfiado, daria uma massa de bradar aos céus, como tentavam vender. Mas, devagarinho, lá foram aparecendo cada vez mais imagens e vídeos, e gradualmente foi-se entranhando nas profundezas da minha mente.

Hoje, enquanto pensava o que fazer para o jantar, e já decidida a fazer uma casserole, como a que fiz há umas semanas atrás, resolvi procurar por one-pot pasta. O que me convenceu definitivamente a experimentar foi o vídeo da Martha Stewart. Não sou exactamente fã, mas por norma, se procuro ideias, sugestões, soluções, se a Martha Stewart tiver, é essa que uso. Eeeeeee por norma ela tem, tem sempre, tem tudo, ela é a Deusa do Lar (escândalos financeiros à parte).

Ideia absorvida, era tempo de pegar no que gostamos, no que tinha cá em casa e mãos à obra.

One-pot Pasta 
[para 3-4 porções]

Uma panela. Escolham uma em que caiba a massa inteira, caso optem por esparguete, ou linguini, ou similar.


250gr de massa. Eu optei por linguini, e escolhi um que demorasse a cozer, para que os ingredientes estivessem o máximo de tempo a misturar sabores.


Uma cebola média, ou duas pequenas, mais dois dentes de alhos, tudo cortado em meias luas.


250-300gr de tomate. Usei tomate chucha mini, à falta do tomate coração que tanto gosto da frutaria aqui do prédio.


100-150gr de cogumelos. Usei marron que foram os que a L. escolheu no supermercado.


Meia cabeça de brócolos. Cortei os raminhos bem pequeninos, para cozerem no mesmo tempo que a massa, e guardei os talos para uma sopa.


Temperar. Temperei com um pouco de sal, e muitas folhas de manjericão e cebolinho da nossa mini-horta.


Juntar 1 litro de água (ou ajustar a quantidade de água à quantidade de ingredientes), levar ao fogo e deixar cozer com o calor no máximo, até a massa estar no ponto (a minha demorou 10 minutos desde que começou a ferver).


Vai-se envolvendo para que os ingredientes se misturem e não peguem ao fundo no final da cozedura, quando já quase não houver água.


O aroma prometia, as cores abriram o apetite e eu comi duas pratadas destas!

E elas?




Aprovaram claro! 


Quem diria, que uma massa feita da forma mais saudável possível, seria tão saborosa? 

terça-feira, 23 de junho de 2015

O nosso meatless dinner #21


Ah pois é, um meatless dinner nipónico! :D

Adoro, adoro, adoro sushi, adoro mesmo. Nunca me imaginei a fazer sushi em casa, mas depois de ler o post sobre sushi em casa no Not Guilty Pleasure, senti-me demasiado tentada a experimentar.

Experimentei há uns dias atrás e hoje tive que repetir! Para além do sushi, ou melhor, do veggie-sushi, fiz também guioza, um pastel asiático (não sei bem se a origem é chinesa ou japonesa) de carne e vegetais. Isto só me soa a uma única coisa: limpeza de frigorífico! 

A receita para o arroz do sushi segui a da Patrícia do Not Guilty Pleasure, o da guioza vi num video bastante claro sobre como se faz.


Massa guioza

3 chávenas de farinha
pitada de sal (opcional)
1 chávena de água morna

Misturar os ingredientes, amassando até formar uma bola. Deixar repousar por 30 minutos, antes de estender e cortar a massa para formar as guiozas.

Experimentei fazer uma parte de farinha integral para duas de farinha normal, mas julgo que a farinha integral dá muita goma à massa e não se consegue estender bem fininha, como se pretende para a guioza.


Para o recheio, usei o que tinha no frigorífico, mas o céu é o limite, pode-se colocar o que se quiser. Primeiro um leve refogado de cebola e alho, juntei cenoura ralada, curgete ralada, couve-lombarda cortada em juliana fina, ervilhas e no final temperei com molho de soja. Existe um molho baixo em sal da Kikkoman, para quem achar que o normal é muito salgado (eu acho).



Depois de se alourar as guiozas (alourei num fio de azeite), rega-se com uma chávena de água e deixa-se cozer em lume brando, até a água desaparecer.



Para o sushi, fiz bem simples: alga, arroz e recheio. Usei abacate, pepino, manga, feijão verde cozido e cenoura cozida (não tudo junto). Mas mais uma vez, pode-se usar o que mais se gostar e quiser! Usei um pano de cozinha para enrolar e funciona na perfeição!



Com veem, a nível de confecção, não há grande magia. Há imensos blogs e vídeos sobre como fazer guioza e rolinhos de sushi, é só pesquisar um pouco. 

Agora à parte mais importante... se as pequenas cá de casa gostaram?



A L. é fascinada por sushi. Adora olhar para os pratos, quando comemos. As cores e as formas devem levantar-lhe alguma curiosidade. Já tentou provar duas vezes, tentou mesmo. Ela pediu, provou, comeu, engoliu e disse que não era bom. Das duas vezes. Esta vez não foi excepção e disse que queria provar. Mais uma vez, provou, comeu, engoliu e disse que não queria mais... ficou-se pela guioza.

Já a T...


... a guioza nem se viu...



... os rolinhos de sushi perdi-lhes a conta.

Comi os poucos que sobraram e confesso, surpreendeu-me! Nunca achei que conseguisse fazer rolinhos de sushi minimamente comestíveis. Estavam bons, sim senhora. Se vale a pena fazer em casa? Só pela piada, porque leva um bocado de tempo a fazer uma quantidade razoável de rolinhos e pode começar a surgir alguma frustração pelo caminho. No entanto, é uma actividade bem engraçada para fazer com filhotes mais crescidos.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Gelado de banana e côco [desde os 6 meses]


Começou o Verão e resolvemos dar as boas-vindas em grande: com um gelado.

Roubei a ideia do blog Casal Mistério e é tal e qual descrevem no blog: fazer um gelado cremoso e light só com um ingrediente

A base é simples: banana congelada. Depois um bom robot/processador de cozinha faz o resto. Já fiz na nossa picadora e o resultado não é tão bom, como no robot de cozinha. Já vi fotos deste gelado em processadores de cozinha e fica com um aspecto idêntico. Portanto, direi que o segredo está na potência dos aparelhos.

Hoje resolvi juntar côco ralado, para um sabor bem tropical, adequado à estação do ano que hoje se inicia. 

Já agora, a salvaguarda para a idade que coloquei no título. A meu ver, os dois ingredientes que este gelado leva, podem ser dados a bebés depois dos 6 meses. Dar uma bola de gelado a um bebé tão pequeno, vai do bom senso de cada um. Mas uma colherinha enquanto toda a família se delicia, pode satisfazer o paladar dos bebés mais curiosos. :)


Gelado de banana e côco [desde os 6 meses]
(para 3-4 porções)



3 bananas aos pedaços congeladas
6 colheres de sopa de côco ralado

Num robot de cozinha, colocar o côco ralado e pulverizar para que fique mais fino 10seg./vel.9. Juntar a banana congelada e picar gradualmente vel.1/3/5/7 deixar bater na vel.7 por 20 segundos. 




Comer de imediato (eu prefiro) ou levar ao congelador para formar bolas.

Fica assim... super cremoso! Nem se acredita que é apenas banana congelada batida.




A T. limitou-se a comer e pelo meio soltava uns "-anana" (das poucas palavras que já diz e tinha de ser comida). Mais para o final interessou-se pela textura do gelado e resolveu fazer uma exploração mais táctil...



A L. teceu todos os elogios possíveis. Disse que era delicioso, maravilhoso, e o melhor de todos "está bestial!" (a sério?? onde aprende ela estas palavras?)



Eu também comi, claro (se contasse coisas que vocês não soubessem já...) e o côco realmente remete-nos para um sítio tipo praia de areia branca, água azul clarinha, palmeiras atrás... hmmmm... 


quarta-feira, 17 de junho de 2015

Estou Aqui!


Os leitores mais atentos já devem ter reparado que a L. usa uma pulseira azul há mais ou menos uma semana. É a pulseira "Estou Aqui" do programa de segurança para crianças, durante o verão, da Polícia de Segurança Pública.

O conceito é simples, a criança usa uma pulseira com uma medalha que contem um código único. Através desse código, qualquer agente da PSP, e de qualquer polícia da União Europeia, chega aos dados dos pais (nome, morada, telefones), caso a criança se perca. Sendo o verão a estação do ano propícia a uma maior concentração de pessoas, mais fácil e rapidamente uma criança se perde dos pais. Também, caso se perca, é difícil para uma criança da idade da L., por exemplo, conseguir descrever os pais, o nome, dizer o número de telefone, ou descrever o sítio onde vive, ou está alojada. Posto isto, este programa torna-se fundamental para a segurança das nossas crianças. 

O programa é válido para crianças dos 2 aos 9 anos, que passem férias tanto em território nacional, como fora, desde que na União Europeia. O pedido da pulseira é feito no site Estou Aqui, a pulseira é levantada na esquadra de polícia que indicar no site, e é no acto de levantamento que esta será activada e associada aos dados deixados no pedido. Devem depois receber um e-mail de confirmação da activação da pulseira. O programa durará até 30 de Setembro, mas os dados permanecerão activos até ao final do ano. 

Dica: caso não consigam fazer o pedido no site por erro, aconteceu-me, experimentem um dispositivo móvel ;)

terça-feira, 16 de junho de 2015

Dos grandes e redondos falhanços #03


Há algum tempo que ando a prometer falar deste (enorme) falhanço, da tentativa de fazer um semifrio babyfriendly. Desenganem-se os olhinhos por esta bonita imagem do resultado final, porque na verdade não ficou grande coisa.

A minha ideia era simples: uma base, a parte do meio com leite vegetal e agar-agar, e a cobertura com fruta triturada. Simples, não é? O que podia correr mal? Pois, simplesmente há certos ingredientes que não combinam, e não, e temos que nos render a isso. 

Comecei por fazer um leite de côco, receita que vi um dia destes na internet. Só precisava de água (check) e côco ralado (check) e mãos à obra.




Logo aqui a coisa não correu bem. O leite ficou com um aspecto maravilhoso, mas assim que meti uma garrafinha à boca, valha-me Deus, que coisa intragável. Dei o benefício da dúvida e continuei com a experiência, podia ser que o leite misturado com tudo o resto até fosse tolerável. 

Passei para a base, que foi em grande parte inventada. Precisava que ficasse crua, então usei ingredientes que pudesse comer ao natural: côco ralado, amêndoa moída, flocos de aveia e applesauce.



Provei, não me pareceu mal, e por isso continuei.

Passei para a camada do meio em que juntei o leite de côco que fiz anteriormente, com o agar-agar, mais ou menos como fiz aqui.


Coloquei no frigorífico para solidificar (bastaram 5 minutos). E triturei uma manga para colocar por cima.


Já vos falei como côco e manga é uma daquelas combinações clássicas que sai sempre bem. Por isso estava bastante confiante no resultado final.


O aspecto prometia. Comi uma grafada e não me convenceu. Ofereci à T. para aprovação das suas exigentes papilas gustativas, mas concluí que ela deve ter uma enorme tolerância no paladar, pois come quase tudo que lhe ponho à frente. Este falhanço não foi excepção.




Eu voltei a experimentar e não consigo perceber porque a T. comeu quase tudo. Não gostei, não ficou como imaginei, não acho que seja receita digna de ir para a lista de receitas Na Cadeira da Papa. Declaro esta experiência um verdadeiro falhanço!

segunda-feira, 15 de junho de 2015

O nosso meatless dinner #20


Quem nos segue atentamente, sabe que sou um zero à esquerda com plantas. Com a chegada do mês dos santos populares, resolvi adquirir um manjerico. Propus-me a cuidar dele e garantir que sobrevivesse por 30 dias inteiros (um record para mim). Fui partilhando no Facebook as minhas dúvidas e angustias com o Janjerico (carinhosamente chamado pela L.) e ele lá se vai aguentando. Já lá vão 15 dias (faltam outros 15). 

Sentia-me tão bem com as minhas novas aptidões de botânica, que resolvi arranjar companhia ao Janjerico: um manjericão e um cebolinho (não fosse eu adorar ervas frescas na minha comida). Hoje queria meeeeeesmo usar as minhas ervas no jantar.




Hoje acordei com uma carga em cima. Este aquece e arrefece não dá com nada e eu já estou a ressentir. Não consigo respirar pelo nariz, estou com a voz mais sexy da história, que deixa a T. a olhar para mim intrigada sem perceber o que se passa. Posto isto, cozinhar não estava propriamente nas minhas preferências de hoje, e por isso adoptei uma ideia low effort, mas que tinha a certeza que as miúdas iam adorar.

Vou-vos deixar mais a ideia, do que propriamente a receita, porque fiz tudo muito a olho e por inspiração. 

Um dos pratos que faço cá em casa e que é sempre um win-win por todos é uma pasta primavera. Super fácil, super rápida, e daquelas receitas que podemos usar para limpar o frigorífico. O conceito base da pasta primavera é legumes. Legumes, muitos legumes, os mais variados. Pode ser acompanhado com um molho simples de azeite e alho, ou algo mais cremoso com natas. Por norma faço os legumes salteados e junto a massa cozida depois (preferencialmente esparguete, ou tagliatelle, ou liguini, massas desse género), mas hoje troquei as voltas e cozi tudo e fiz um molho super saudável e delicioso para acompanhar.

Para a massa, juntei espinafres, ervilhas e feijão-verde, mas gosto muito de usar espargos e tomates cereja. Devido à minha recente descoberta dos encantos do abacate, fiz um molho bem cremoso com abacate, alho, sumo de limão, azeite e folhas de manjericão, varinha-mágica e já está. Deixei o cebolinho inteiro para sentir alguma textura.



Para a T. não coloquei o molho, para a L. coloquei de lado para ela provar, para mim, besuntei a massa toda e é maravilhoso!!





Fica a ideia para um jantar rápido, quando não há tempo, ou mesmo quando estamos a precisar de uma comidinha reconfortante e não há muita paciência para tal.