segunda-feira, 27 de abril de 2015

O nosso meatless dinner #13 - o primeiro verdadeiramente a 3


Já há muito tempo que andava a "namorar" uma receita de risotto de quinoa, mas deixei sempre escapar as oportunidades. Hoje foi o dia. 

Perdi a receita original, que me tinha deixado de água na boca, mas encontrei uma outra que me encantou pela sua simplicidade: abóbora assada, quinoa cozida e já está. Certo, tenho de dar o meu toque. Tenho sempre que dar o meu toque. 

Não sou grande fã do "exclusivamente" quinoa. Já tentei comer várias vezes sozinha, mas não me fascina. Acho o sabor característico muito intenso, prefiro misturar com outros cereais (ou derivados) e sinto que o prato fica mais rico e de sabor mais suave. Por isso, para este risotto, usei arroz de risotto (arborio ou carnaroli) misturado com a quinoa. Contudo, é possível fazer esta receita só com quinoa (ou só com o arroz de risotto), vai depender do gosto pessoal, mas estou aqui à espera de ver essas experiências e resultados.

A abóbora assada agradou-me, já que era cozinhada de uma forma babyfriendly, para a T. Fui um pouco mais criativa na abóbora assada que a receita original e assei juntamente cebola e alho, para mais sabor. Mas ainda se pode ser mais criativo, e juntar canela como indica a receita original (que eu não gosto) ou também, caril, que combina igualmente bem com a abóbora (que eu também não gosto).

Risotto com quinoa e abóbora [desde os 12 meses]
(para 4-5 porções)

Para a abóbora assada:
1 cebola 
3 dentes de alho
3 chávenas de abóbora manteiga aos cubos (aproximadamente 400gr)
azeite
salsa
sal

Para o risotto:
fio de azeite
1/2 chávena de arroz de risotto (arborio ou carnaroli)
1/2 chávena de quinoa (convém demolhar umas horas antes)
2 chávenas de caldo de vegetais (pode-se usar as indicações desta receita ou outro a gosto)
sal
queijo parmesão (opcional)

Pré-aquecer o forno 160º. Num tabuleiro de ir ao forno, dispor a cebola cortada em meias-luas, o alho, a abóbora, temperar de sal, polvilhar com a salsa e regar com um fio de azeite.





Estou a preparar um post sobre esta forma de conservar ervas frescas.


Colocar o tabuleiro no forno e deixar assar até a abóbora estar macia (mais ou menos 40 a 50 minutos, dá para dar banho à pequenada).

Entretanto, levantar fervura ao caldo, e numa frigideira selar o arroz no azeite, por 1 ou 2 minutos. Começar a colocar conchas de caldo na frigideira e mexer pacientemente. Marcar num relógio/cronómetro 20 minutos (tempo de cozedura do arroz). 


Passados 5 minutos, juntar a quinoa, e continuar a adicionar conchas de caldo e mexer. Nunca deixar o arroz ficar totalmente seco, nem juntar demasiado caldo. Uma concha de cada vez, é o ideal.



Quando a abóbora estiver assada, deitar num copo, e triturar com a varinha, até obter um puré cremoso (precisei de juntar um pouco de água).


No final da cozedura do arroz, envolver o puré de abóbora e está pronto a servir.


Polvilhei o meu risotto com queijo e servi os das meninas simples. A L. acabou por me pedir queijo também. E quem diria, adorou!!




Arrisco-me a dizer que foi das poucas vezes que rapou o prato sozinha e nem pediu ajuda! Isso quererá dizer qualquer coisa, certo?

A T., que nunca quer comer nada depois da sua sopa, hoje "cheirou-lhe" e dava gritos estridentes por algo mais que a sopa. 




Com colher...


...sem colher...



... mais uma que rapou o prato!

É realmente delicioso, aprovado por todos da família (falta só o pai)!

6 comentários:

  1. Não me leve a mal, por favor, mas tenho de dizer isto: faz-me confusão ver crianças a comer com as mãos. Não vejo qual é a vantagem evolutiva em permitir isso, por muito contrária que seja a opinião da maioria. Se não queremos os filhos mais velhos a comer com as mãos, porque não ensiná-los logo de pequeninos? Eu ensinei os meus, e para eles sempre foi natural comer com talheres. Claro que o pão, uma cenoura, ou um biscoito tudo bem. Agora o arroz ou a massa?

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    1. Não levo nada a mal, ora :) Mas eu, pelo contrário, não vejo mal nenhum que comam com as mãos nesta fase, e só vejo benefícios na exploração táctil na comida. Estão numa fase de aprendizagem, têm muito a experimentar e explorar. Têm tempo de aprender boas maneiras :)

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    2. Concordo! Com 1 ano de idade o que eles querem é explorar! E nada melhor para isso que as mãos! A minha quando lhe dou a colher o mais certo é ir parar ao chão! 😜
      Deixá - los experimentar à vontade e sujar tudo como é normal! Faz parte e ajuda - os a desenvolverem - se!

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    3. Comer com as mãos tem muitos benefícios nestas idades (9-15 meses). É ótima para desenvolver a motricidade fina, fazer pinça, conseguir pegar em coisas pequeninas, ganhar domínio da mão e dos dedos.
      Mas a T. é um freestyle, como com as mãos e com a colher, como mostro neste post: http://nacadeiradapapa.blogspot.pt/2015/04/1-2-3-uma-colher-de-cada-vez.html

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    4. Eu acho lindo ver o meu pequenote (13m) a comer com as mãos. Primeiro porque me mostra que está a crescer e a conseguir a cada dia evoluir e alcançar novas metas, como o comer sozinho e depois porque acho fantastico a capacidade que comer com as mãos lhes dá de explorar, mexer, sentir o que está a comer. A colher na mão dele só serve paa bater na mesa :)

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    5. Já venho atrasada para a resposta, mas não posso deixar de postar aqui a minha opinião. A criança deve sim pegar a comida com a mão, também. A textura, a humidade ou não dos alimentos, o conseguir apreender toda a energia que o alimento transporta são informações muito úteis para a evolução sensorial e cognitiva da criança. Claro que também tem que aprender a comer com os talheres!

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